
Alvopetro quer dobrar produção de gás e mira novos blocos no Recôncavo
Empresa independente aposta no campo de Murucututu para elevar volume diário a 1 milhão de m³ e defende inclusão de novas áreas na oferta permanente da ANP

A Alvopetro, produtora independente de gás natural com atuação concentrada na Bacia do Recôncavo (BA), planeja dobrar sua capacidade de produção nos próximos anos, atingindo até 1 milhão de m3/dia. O plano é sustentado pelo desenvolvimento do campo de Murucututu, que pode demandar a perfuração de até 21 poços ao longo de seu ciclo produtivo. Para 2025, já estão previstos cinco novos poços no campo de Caburé e mais um em Murucututu até o início de 2026.
Com capacidade atual de processamento de 500 mil m³/dia em sua Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) própria em Caburé — a primeira construída por uma produtora independente no Brasil — a empresa estuda a duplicação da planta como parte do plano de expansão. “Não é um desenvolvimento de curto prazo. Estamos avaliando o comportamento do reservatório, mas já sabemos que será necessário expandir a capacidade de processamento para acompanhar o crescimento da produção”, afirma Frederico Oliveira, diretor da Alvopetro, em entrevista à Brasil Energia.
A companhia, que iniciou suas atividades no país ainda na fase exploratória, antes do ciclo de desinvestimentos da Petrobras, foi a primeira independente a comercializar gás com a distribuidora estadual Bahiagás, a partir da descoberta de gás no campo de Caburé, em 2014. Desde 2020, a Alvopetro produz gás no campo e desde 2024 mantém fornecimento diário de 400 mil m³ de gás natural à distribuidora sem interrupções, segundo Oliveira.
A Alvopetro também está em diálogo com a ANP e com o governo da Bahia para que sejam incluídos novos blocos na oferta permanente. “Entre os blocos em estudo, identificamos áreas com grande potencial na Bacia do Recôncavo, nosso foco, onde acreditamos que há muito gás a ser descoberto”, destaca Oliveira.
Empresa de capital canadense, a Alvopetro opera os campos de Bom Lugar, Caburé, Caburé Leste, Mãe-da-lua e Murucututu, todos com 100% de participação e na Bacia do Recôncavo. Na fase de exploração, a companhia possui 100% de participação no bloco REC-T-183, também no Recôncavo.
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