EPE: Brasil consolidará sua condição de exportador líquido de óleo
EPE: Brasil consolidará sua condição de exportador líquido de óleo
De acordo com estudos da Empresa de Pesquisa Energética, o país consolidará a sua condição de exportador líquido de petróleo ao longo do período decenal, elevando ainda mais a relevância do Brasil no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo
O Brasil consolidará a sua condição de exportador líquido de petróleo ao longo do período decenal, elevando ainda mais a relevância do país no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo, segundo o Informe Técnico "Investimentos em Refino e Logística", parte integrante do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035), divulgado na quinta-feira (11) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Considerando os projetos da carteira de investimentos previstos, a capacidade nacional de refino de petróleo será ampliada em 10% entre 2025 e 2035.
O Brasil permanecerá como importador líquido de derivados durante todo o horizonte decenal, com destaque para as importações de óleo diesel e nafta. Segundo a EPE, a projeção de importação de consideráveis volumes de derivados, especialmente de óleo diesel, poderá exigir investimentos na ampliação da capacidade de refino e/ou na expansão da infraestrutura logística primária e/ou em ações pelo lado da demanda, a fim de garantir o abastecimento nacional de combustíveis.
“Ainda que as projeções do PDE 2035 indiquem o aumento da oferta e da demanda de derivados no Brasil no horizonte decenal, vislumbram-se avanços em ações de descarbonização das refinarias nacionais, com vistas à eficiência energética e operacional, à substituição por fontes energéticas de baixo carbono e avaliação da captura e armazenamento de carbono (CCS), com impactos na oferta de derivados de petróleo e, também com necessidade de novos investimentos”, de acordo com o Informe Técnico.
Estimativa de investimentos
O documento também apresenta a estimativa de investimentos no segmento de refino de petróleo no horizonte de análise do PDE 2035. A previsão compreende projetos greenfield e brownfield de expansão de capacidade, assim como iniciativas de manutenção, de confiabilidade operacional e de eficiência energética dos ativos existentes.
Em conjunto, as carteiras de projetos da Petrobras e demais refinadores totalizam investimentos previstos no segmento de refino de petróleo de US$ 23,0 bilhões no período compreendido entre 2026 e 2035.

Figura 1 - Carteira de investimentos previstos em refino de petróleo do PDE 2035 (Imagem: EPE)
Já a carteira consolidada de investimentos previstos no abastecimento nacional de derivados, incluindo projetos em refino de petróleo e na infraestrutura logística de petróleo e derivados, soma US$ 25,8 bilhões no período compreendido entre 2026 e 2035. O montante contempla os segmentos de refino de petróleo (US$ 23 bilhões), infraestrutura logística de petróleo e derivados (US$ 2,81 bilhões), terminais (US$ 0,85 bilhões) e logística e distribuição de combustíveis (US$ 1,96 bilhão).
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