Advertisement

EPE: Brasil consolidará sua condição de exportador líquido de óleo

PetróleoHoje | Logística

EPE: Brasil consolidará sua condição de exportador líquido de óleo

De acordo com estudos da Empresa de Pesquisa Energética, o país consolidará a sua condição de exportador líquido de petróleo ao longo do período decenal, elevando ainda mais a relevância do Brasil no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo

Por Ana Luisa Egues

Compartilhe Facebook Instagram Twitter Linkedin Whatsapp

Refinaria Henrique Lage (Revap), localizada em São José dos Campos/SP (Foto: Divulgação Petrobras)

O Brasil consolidará a sua condição de exportador líquido de petróleo ao longo do período decenal, elevando ainda mais a relevância do país no quadro geopolítico da indústria mundial do petróleo, segundo o Informe Técnico "Investimentos em Refino e Logística", parte integrante do Plano Decenal de Expansão de Energia 2035 (PDE 2035), divulgado na quinta-feira (11) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Considerando os projetos da carteira de investimentos previstos, a capacidade nacional de refino de petróleo será ampliada em 10% entre 2025 e 2035.

O Brasil permanecerá como importador líquido de derivados durante todo o horizonte decenal, com destaque para as importações de óleo diesel e nafta. Segundo a EPE, a projeção de importação de consideráveis volumes de derivados, especialmente de óleo diesel, poderá exigir investimentos na ampliação da capacidade de refino e/ou na expansão da infraestrutura logística primária e/ou em ações pelo lado da demanda, a fim de garantir o abastecimento nacional de combustíveis.

“Ainda que as projeções do PDE 2035 indiquem o aumento da oferta e da demanda de derivados no Brasil no horizonte decenal, vislumbram-se avanços em ações de descarbonização das refinarias nacionais, com vistas à eficiência energética e operacional, à substituição por fontes energéticas de baixo carbono e avaliação da captura e armazenamento de carbono (CCS), com impactos na oferta de derivados de petróleo e, também com necessidade de novos investimentos”, de acordo com o Informe Técnico.

Estimativa de investimentos

O documento também apresenta a estimativa de investimentos no segmento de refino de petróleo no horizonte de análise do PDE 2035. A previsão compreende projetos greenfield e brownfield de expansão de capacidade, assim como iniciativas de manutenção, de confiabilidade operacional e de eficiência energética dos ativos existentes.

Em conjunto, as carteiras de projetos da Petrobras e demais refinadores totalizam investimentos previstos no segmento de refino de petróleo de US$ 23,0 bilhões no período compreendido entre 2026 e 2035. 

Figura 1 - Carteira de investimentos previstos em refino de petróleo do PDE 2035 (Imagem: EPE)

Já a carteira consolidada de investimentos previstos no abastecimento nacional de derivados, incluindo projetos em refino de petróleo e na infraestrutura logística de petróleo e derivados, soma US$ 25,8 bilhões no período compreendido entre 2026 e 2035. O montante contempla os segmentos de refino de petróleo (US$ 23 bilhões), infraestrutura logística de petróleo e derivados (US$ 2,81 bilhões), terminais (US$ 0,85 bilhões) e logística e distribuição de combustíveis (US$ 1,96 bilhão). 

Veja outras notícias sobre logística

Últimas