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O pensamento de Magda Chambriard, a nova presidente da Petrobras

Ao longo de quatro anos, Magda Chambriard escreve regularmente como Colunista na Brasil Energia. Aqui disponibilizamos o acervo completo de seus artigos.

Por Rosely Maximo

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Segunda mulher a ocupar a presidência da empresa – a primeira foi Graça Silva Foster, de 2012 a 2015 –, Magda Chambriard, indicada pelo Ministério de Minas e Energia, ainda terá de ser aprovada pelo Conselho de Administração da empresa, seguindo processo de governança da estatal. Durante este rito, que deve levar cerca de 45 dias, assumirá interinamente a diretora de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, conforme aprovação do CA na manhã desta quarta-feira (15).

Magda Chambriard acumula grande experiência no setor. Mestre em Engenharia Química e Engenheira Civil, iniciou sua carreira na Petrobras em 1980 e em 2002 foi cedida à ANP, onde ocupou diversos cargos até assumir como diretora geral da agência, em 2012.

Liderou a criação das superintendências de Segurança e Meio Ambiente, de Tecnologia da Informação, bem como os estudos técnicos que culminaram na primeira licitação do pré-sal, além das licitações tradicionais sob regime de concessão.

Como colunista da Brasil Energia desde 2020, escreveu artigos sobre temas relacionados a toda a cadeia de petróleo e gás, do E&P ao refino, com grande foco no setor de gás natural e na atuação das petroleiras independentes. Agora, na condição de presidente da Petrobras, terá que alinhar seu pensamento aos interesses do acionista controlador da companhia.

Veja a seguir os principais pontos defendidos por Magda Chambriard em seus últimos artigos publicados:

Reforma fiscal e as independentes

“Com a reforma fiscal em curso, há preocupação no setor petróleo com as empresas independentes. Hoje elas são dezenas, atuam em terra e no mar, no Nordeste e no Norte fluminense, e são responsáveis por considerável geração de empregos e de renda localmente.  É nesse sentido que é preciso que se alerte para a necessidade de se tratar desigualmente os desiguais.”

Ampliação do Parque de Refino por quê?

“O Brasil é um país continental, carente de cada vez mais energia para seu crescimento. Ou amplia-se a capacidade de processamento do petróleo cru e agrega-se valor a ele no Brasil (diga-se de passagem, que foi assim que a Petrobras cresceu) ou estar-se-á desembolsando cifras bilionárias para importar cada vez mais derivados, apesar da transição energética ser uma realidade no Brasil há décadas.”

A Exploração e Produção em 2023

“Não é de hoje a intenção do CNPE de fomentar a atuação das pequenas e médias empresas, em campos e blocos maduros ou marginais, em prol da geração de empregos e rendas regionais. Alguns números de 2023 mostram a relevância desse esforço. Embora a produção dos independentes seja pequena para o país, sua contribuição regional tem sido digna de atenção e de incentivo. Foram as atuações dessas empresas que motivaram a perfuração de mais da metade dos poços perfurados no país, em 2023.”

Petróleo gera riqueza para quem?

“O estado do Rio de Janeiro e o Brasil contam com a Petrobras, assim como a estatal conta com o Brasil e com o Rio de Janeiro. A estatal não poderia ter a dimensão atual sem a mão forte de um governo que a fez crescer de tamanho abruptamente, ao capitalizá-la e capacitá-la para enfrentar o desfio do Pré-Sal. Espera-se, agora, que esse mesmo governo, assim como sua estatal, retribuam o esforço da sociedade em seu benefício e direcione ao Rio de Janeiro e demais estados capazes de fornecer bens e serviços, uma fatia de seus investimentos um pouco maior do que a que vem sendo destinada. Aguarda-se pelos estaleiros lotados, conforme promessa da empresa, veiculada por diversos veículos da mídia especializada, em agosto de 2023.”

Bacia da Foz, licenciamento ou risco Brasil

“É certo que não se pode ser inconsequente e licenciar a qualquer custo. Mas também é certo que se precisa estar mais preparado para enfrentar o desafio do licenciamento tempestivo, sob pena de condenar o Brasil à estagnação. O MMA não pode usurpar o poder de concessão da Presidência da República. É nesse contexto que se advoga a intervenção do Presidente da República. É ele que tem mandato para estabelecer as prioridades nacionais, em nome do povo, já que essas outorgas têm o aval do CNPE e da Presidência. É ele quem precisa decidir sobre os impactos e consequências de se optar pela certeza absoluta (isso existe?) em relação ao licenciamento ambiental ou pelo fortalecimento da Petrobras e seu papel no desenvolvimento econômico do país.”

Todos os artigos podem ser consultados na página da autora Magda Chambriard na Brasil Energia.

 

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