ATE projeta expansão com novos poços, avanço em concessões e M&A

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ATE projeta expansão com novos poços, avanço em concessões e M&A

Presidente da Azevedo & Travassos Energia detalha planos de perfuração, parcerias comerciais, negociações com a Petro Victory e investimentos para 2026

Por Fernanda Legey

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Campo de Periquito, da ATE na bacia Potiguar (Foto: Divulgação/ATE)

A Azevedo & Travassos Energia (ATE) mantém o plano de ampliar a produção de gás no campo de Periquito, no Rio Grande do Norte. Segundo o presidente da empresa, Ivan Carvalho, o processo de licenciamento ambiental para três novos poços segue em curso no Idema, com expectativa de conclusão entre fevereiro e março de 2026. Em entrevista à Brasil Energia, ele afirmou que a sonda própria da companhia, testada no poço Andorinha 5 em parceria com a Petro-Victory, já está preparada para iniciar a perfuração.

A empresa comercializa atualmente o gás de Periquito com a Natural Gás, parceria que Carvalho classifica como satisfatória. Ele afirma que a expectativa de produzir 40 mil a 45 mil m³/dia poderá exigir novos acordos comerciais, caso a capacidade da atual compradora não seja suficiente. Para ele, o adicional de oferta pode ampliar alternativas para consumidores finais, sem alterar significativamente a estrutura do mercado local.

Além de Periquito, a ATE aguarda para dezembro a licença para perfuração no campo de Concriz, que já possui estudos ambientais aprovados. A companhia prevê iniciar o desenvolvimento da área em 2026, com a perfuração de três a quatro poços. Segundo Carvalho, dados de dois poços perfurados há cerca de 15 anos indicam potencial relevante para operação em terra.

A empresa tem buscado verticalizar as atividades de perfuração terrestre por meio de sua própria sonda, considerada estratégica para manter o cronograma operacional. Outros serviços especializados continuam sendo contratados no mercado local, que, segundo Carvalho, dispõe de fornecedores experientes.

Sobre as negociações com a Petro-Victory, Carvalho afirma que a parceria atual no campo de Andorinha segue em andamento, mas a possibilidade de fusão ou aquisição da empresa permanece indefinida. A capitalização da ATE não atingiu o valor necessário para a operação, e as partes buscam alternativas para viabilizar a transação. As discussões devem avançar até o primeiro trimestre de 2026.

A ATE também está em fase final de assumir integralmente os polos Barrinha e Porto Carão, adquiridos da Brava Energia. As obras de adequação devem ser concluídas até o fim de fevereiro, permitindo a cessão da operação pela ANP. A companhia planeja reativar cerca de 55 poços atualmente parados, elevando a produção dos atuais 250 barris/dia para 600 a 700 barris/dia no prazo de três a quatro meses após a transferência.

Para 2026, a empresa prevê investimentos entre US$ 8 milhões e US$ 10 milhões, incluindo perfuração de cinco a seis poços, aportes nos ativos da Brava e custos relacionados a aquisições e desenvolvimento de projetos. Según Carvalho, o plano marca a fase mais intensa de expansão da companhia desde a aquisição dos ativos da Phoenix.

Assista à entrevista na íntegra:

 

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