Revista Brasil Energia | ROG.e 2024
Vídeo: J. Fowles e M. Brummelhius, CEO Global e Country Manager da Karoon
Julian Fowles e Marco Brummelhius, CEO Global e Country Manager da Karoon, destacam desafios operacionais e metas de crescimento para complexo Baúna
Veja a vídeo-entrevista;
A petroleira australiana Karoon reportou aumento da produção de 25% no terceiro trimestre de 2024, alcançando volume de 2,8 milhões de barris de óleo. Somente o campo de Baúna, operado pela Karoon na Bacia de Santos, teve aumento de 44% no período, com produção de 1,99 milhões de barris, ou cerca de 25 mil barris/dia de óleo.
Nos últimos quatro anos, desde que adquiriu o campo de Baúna da Petrobras, a Karoon já investiu US$ 1 bilhão no país. “O Brasil é nosso principal foco de investimentos. Além do Projeto de Baúna [inclui o campo de Patola], estamos tentando progredir para uma Decisão Final de Investimento (FID) nos projetos de Neon e Goia”, disse Fowles em entrevista à Brasil Energia, junto com o Country Manager Marco Brummelhius.
Brummelhius acrescentou que a produção de Baúna deve aumentar no próximo ano, com a entrada de um novo poço que passará por workover. Sobre Neon e Goia, também na Bacia de Santos, o country manager ressalta os desafios para o desenvolvimento, mas assegura que a Karoon está trabalhando no capex do projeto e nas soluções para o desenvolvimento.
Julian Fowles espera aplicar as lições aprendidas no Projeto de Baúna para viabilizar os novos campos. Ele destaca a tecnologia inovadora usada em Patola, campo que faz parte da licença de Baúna, que, através de um contrato integrado de EPC com a TechnipFMC, permitiu elevar a produção de 12 mil para 40 mil barris/dia na época, antes do declínio natural.
“Nos últimos dois anos investimos R$ 40 milhões em tecnologia e vamos continuar investindo, especialmente em técnicas de IA para entrarmos em poços mais fundos, em big data para extrair padrões e explorar mais os reservatórios, entre outros”, disse Brummelhius.
Quanto à descarbonização dos processos da empresa, o CEO lembra que existem desafios para uma empresa do porte da Karoon, mas informou que a companhia é carbono neutro desde 2021 para escopos 1 e 2, alcançado com investimentos em sistemas de compensação de emissões.
Segundo Fowles, a petroleira vai continuar investindo em tecnologias de mitigação de emissões, especialmente em novos desenvolvimentos, como no campo de Neon.
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