Painelistas debatem a descarbonização e a transição energética

A jornada da descarbonização e da transição energética marcaram, nesta sexta-feira (24), a última plenária do Bahia Oil & Gas Energy 2024. Representantes de empresas, como Petrobras e Eneva, compartilharam experiências e iniciativas sobre como suas organizações estão se adaptando a essa realidade. 

De acordo com Lucas Antoun Netto, coordenador de Regulação da Eneva, o gás natural é o combustível da transição energética no Brasil pela vocação nacional e pelo menor nível de emissões deste insumo.

"O gás natural é o combustível da transição para o setor elétrico uma vez que a intermitência das fontes renováveis enseja constante necessidade de complementação térmica, e a molécula é alternativa mais equilibrada em termos de preço e emissão", afirmou Netto.

Lucas também assinalou que, apesar de não ser o maior responsável pelas emissões de gases do efeito estufa do Brasil (17,88% em 2023), o setor energético nacional intensificou as discussões acerca da descarbonização da matriz.

Por fim, o coordenador disse que a Eneva já estruturou um planejamento "robusto" para a crescente implementação de tecnologias para descarbonização até 2030. 

Entre esses projetos, destacam-se o Hidrogênio Azul, que visa aprimorar a reforma do gás natural para maximizar a produção de hidrogênio, contribuindo assim para a geração sustentável de energia. Outro destaque é a produção de Hidrogênio Verde.

CCUS

Na Petrobras, uma das apostas é a captura, uso e armazenamento de CO2, conhecido como CCUS (Carbon Capture, Utilization and Storage). "O CCUS é um caminho essencial para a descarbonização", disse Andrea Weydmann, gerente de P&D de CCS do Cenpes (Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello).

Segundo Weydmann, o CCUS é uma ferramenta essencial para reduzir as emissões de indústrias de difícil mitigação e pode apoiar produtos de intensidade negativa de carbono.