Infraestrutura é o principal desafio para o gás natural

Revista Brasil Energia | OTC Brasil 2025

Infraestrutura é o principal desafio para o gás natural

Especialistas e executivos debateram em painel no OTC Brasil 2025 como a infraestrutura é importante para o mercado de gás no Brasil e na América do Sul

Por Fernanda Legey

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Painelistas durante o "Monetizing Gas Resources in South America: Strategies for Success" na OTC Brasil 2025 (Foto: Acervo pessoal)

Os executivos e especialistas do painel “Monetizing Gas Resources in South America: Strategies for Success” concordaram que a infraestrutura é um desafio para o mercado de gás natural. 

Durante o terceiro dia da OTC Brasil 2025, na quinta-feira (30), a diretora de Estudos do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis da EPE, Heloísa Borges, afirmou que é fundamental a expansão da infraestrutura do gás no Brasil. 

“A gente pode debater o ritmo, debater onde, mas expandir infraestrutura no Brasil é fundamental. É fundamental para monetizar os recursos do Brasil e da América do Sul”, disse Borges.  

Sobre América do Sul e Brasil, a diretora Comercial e de Estratégia da TotalEnergies, Luciana Martins, destacou a importação de gás argentino para o país, passando via Bolívia, feita pela companhia. Ela aponta que a primeira barreira, a de que se era possível ou não fazer a operação, foi ultrapassada, mas que ainda há outros passos a serem seguidos, sendo um deles a criação de infraestrutura.

“Do lado da Argentina, o governo está dando várias indicações de queda de preço para exportação para o próximo ano e também para fazer a infraestrutura necessária. Mas para o nosso lado precisamos falar de infraestrutura”, disse Martins. Ela também elencou a necessidade de ter preços razoáveis na infraestrutura, para que o gás chegue em uma precificação no mercado final de forma competitiva, bem como faça sentido para o volume existente que a Argentina tem para exportar. 

Já o diretor-presidente da TBG, Jorge Hijjar, entende que o gás argentino que chegou ao Brasil não foi significativo, mas suficiente para mostrar o que pode acontecer no futuro. 

Hijjar mencionou que há uma “necessidade forte” dos produtores em monetizar o gás de Vaca Muerta. No entanto, ele lembra que o gás chegou de forma intermitente ao Brasil. “Como que esse gás pode chegar com contratos firmes? Com o desenvolvimento da infraestrutura”, pontuou o diretor-presidente da TBG.  

Essa molécula do gás chegou no Brasil pela rota da Bolívia, um primeiro caminho por onde a commodity pode ser importada ao país. Hijjar menciona outras rotas, como a de Uruguaiana (presente no Plano Nacional Integrado das Infraestruturas de Gás Natural e Biometano (PNIIGB) da EPE), pelo Uruguai, Paraguai e a partir do GNL.  

Estavam presentes no painel também a diretora executiva de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Angélica Laureano, o CEO da Ecopetrol Brasil, Jorge Andres Martinez Olano e a diretora executiva de Gás Natural do IBP, Sylvie D'Apote. 

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