Revista Brasil Energia | Rio Oil and Gas 2022

Atlanta só com Enauta

Petroleira abandona estratégia de buscar sócios para o campo e confirma cronogramas de primeiro óleo do projeto

Por Claudia Araujo Siqueira

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A Enauta vai tocar o projeto de Atlanta sozinha, sem buscar parceiros para implantar o sistema definitivo. A decisão de seguir com 100% de participação no projeto e não abrir outro processo de farm-out para o ativo foi confirmada por Décio Oddone, presidente da petroleira, ao PetróleoHoje, durante a Rio Oil & Gas 2022.

Oddone afirmou que Enauta não está à procura de sócias e que a empresa está capitalizada para tocar o projeto sozinha. O executivo destacou que o grupo não abrirá um novo processo de farm-out após a tentativa frustrada de venda para a Karoon e que qualquer eventual operação nesse sentido só será avaliada caso a Enauta seja procurada por outras empresas.

“Não iremos buscar sócios para o projeto. Estamos capitalizados e o projeto definitivo de Atlanta é extremamente rentável. Vamos entregar o projeto no prazo e custo planejados”, afirmou o presidente da petroleira.

A Enauta e a Karoon negociaram uma operação de farm-in de 50% do campo de Atlanta, mas o negócio foi engavetado em maio deste ano, por conta de divergências em relação ao valor do ativo. O processo de farm-out de Atlanta foi lançado ao mercado em junho de 2021, tendo sido disputado, também, pelo grupo Harbour, que apresentou proposta não vinculante. 

SD de Atlanta

O sistema definitivo de Atlanta entrará em operação em 2024, possivelmente entre julho e agosto, e demandará investimentos totais de cerca de US$ 1,2 bilhão. Projetado para produzir 50 mil bpd, o projeto contará com seis poços na primeira fase (três novos e três remanejados do Sistema de Produção Antecipada - SPA) e dois novos na segunda etapa, ficando interligado ao FPSO Atlanta, que está sendo convertido pela Yinson no estaleiro Dry Docks, em Dubai.

O FPSO Atlanta entrará no dique seco na primeira semana de outubro para fazer a primeira docagem desse tipo. A operação está prevista para durar cerca de duas semanas e será voltada à realização dos serviços nas estruturas emersas do casco e trabalhos na bobina e reforço estrutural, com troca de chapa.

O cronograma de conversão da unidade prevê uma segunda e última docagem a seco em 2023. A operação está prevista para ocorrer em março, devendo se estender por três semanas. Desta forma, a projeção é de que o FPSO deixe o estaleiro Dry Docks com destino ao Brasil no último trimestre de 2023. 

A partir de novembro, a Enauta dará início à campanha de perfuração dos poços do sistema definitivo, com a sonda Alpha Star, da Constellation. Atualmente, a produção do campo, que é explotada pelo Petrojarl I, é de 15 mil bpd.

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