Revista Brasil Energia | Rio Oil and Gas 2022

Criar ambiente regulatório trará crescimento para novos produtores de petróleo

Décio Oddone, CEO da Enauta, defende que um portfólio rentável é formado por campos de exploração, especialmente os de baixo risco

Por Fernanda Legey

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Os novos produtores de petróleo irão crescer a partir da criação de um novo ambiente regulatório, afirmou o CEO da Enauta, Décio Oddone, no CEO Talks, durante o segundo dia da Rio Oil & Gas 2022, na terça-feira (27). Ele argumenta que o ideal é investir em campos de exploração de baixo risco para um portfólio rentável, agora que o “apetite” para a exploração de alto risco diminuiu com a grande demanda por derivados devido à crise energética na Europa.

O Brasil possui uma formação para a exploração de alto risco, mas o período de realizá-la já acabou, alertou o CEO. Para crescer organicamente, portanto, é preciso o investimento na exploração de baixo risco, sendo esta a estratégia da Enauta, que possui um portfólio exploratório de longo prazo que permitirá o crescimento da empresa, segundo o executivo.

Além disso, Oddone apontou que é importante agilizar a oferta de blocos na Oferta Permanente, principalmente na Bacia de Campos. Ele apoia que os ativos, de um modo geral, deveriam ser comercializados só sob concessão, e que, caso não seja possível, que as áreas da OP sob o regime de partilha de produção sejam ofertadas na modalidade de concessão.  

Décio também afirmou que a guerra russo-ucraniana irá trazer uma “desglobalização”, ou seja, os países europeus irão perseguir uma independência na matriz energética. Desta forma, “o espaço de tempo para financiar óleo e gás não vai ser eterno”, completou o CEO.

Sobre o GNL, Oddone nota que a crise energética europeia fará com que o preço do combustível continue alto, impactando com a redução de preço que a Lei do Gás pretendia trazer. Contudo, ele ressalta que o Brasil deve continuar a perseguir o caminho previsto pela lei citada. “A indústria será desafiada a produzir mais barato, com menos emissão de carbono e menor financiamento. Logo, só estará produzindo no futuro quem cumprir com esses requisitos” finalizou.

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