Revista Brasil Energia | Rio Oil and Gas 2022
FPSO Anna Nery em águas brasileiras
Comissionamento da primeira unidade de produção da Yinson destinada à Petrobras será feito no estaleiro Brasfels
O FPSO Anna Nery chegou ao Brasil na segunda-feira (26), após dois meses de viagem. A unidade da Yinson, que será destinada ao segundo módulo do projeto da Petrobras de revitalização de Marlim, está parada ao largo do Rio de Janeiro, onde será submetida ao processo de desembaraço alfandegário.
A unidade seguirá para o estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), após ser liberada pelas autoridades brasileiras. Programado para entrar em operação no início de 2023, o FPSO Anna Nery fará todo o processo de comissionamento no estaleiro.
O FPSO Anna Nery foi convertido pela Yinson no estaleiro Cosco Shipping Heavy Industry, na China. As obras no exterior consumiram mais de dois anos e a unidade iniciou a viagem para o Brasil em meados de julho.
A unidade tem capacidade para produzir 70 mil bpd, podendo comprimir 4 milhões de m³/d de gás. A Petrobras já possui licença de instalação do Ibama para implantação do novo sistema.
O contrato do FPSO Anna Nery marca o primeiro negócio entre a Yinson e a Petrobras. A Yinson está participando da Rio Oil & Gas 2022 pela primeira vez, como expositora.
FPSO Anita Garibaldi e revitalização de Marlim
Além do Anna Nery, o projeto de revitalização de Marlim incluirá a instalação de mais um FPSO, o Anita Garibaldi, que foi afretado da Modec. Destinada ao módulo 1 do sistema, a unidade tem capacidade para produzir 80 mil bpd e deixou o estaleiro DSIC – Dalian, na China, recentemente, tendo previsão de entrar em operação em 2023.
Seguindo a mesma estratégia da Yinson, a Modec também levará o FPSO Anita Garibaldi para o Brasfels para executar as atividades finais de comissionamento, antes de iniciar operação para a Petrobras.
Os FPSOs Anna Nery e Anita Garibaldi substituirão as nove unidades instaladas no momento no campo – P-33, P-26, P-32, P-37, P-18, P-19, P-20, P-35 e P-47. O projeto de revitalização contempla a instalação dos dois novos FPSOs, associada a uma megaoperação de descomissionamento das UEPs antigas.
A Petrobras vem trabalhando na operação de descomissionamento, mantendo unidades em operação e hibernadas no ativo. Existe a expectativa de que a Petrobras libere, em 2023, uma megalicitação para o descomissionamento de Marlim.
Os dois novos FPSOs ficarão interligados a um total de 77 poços, sendo 73 de Marlim e quatro de Voador. Serão 45 produtores e 32 injetores, dos quais 44 ficarão conectados aos FPSO Anita Garibaldi (módulo 1) e 33 ao Anna Nery (módulo 2). Ao todo, o projeto de revitalização de Marlim contará com 14 poços novos e 63 remanejados das unidades de produção que serão descomissionadas.
O projeto de revitalização do campo exigirá investimentos totais da ordem de R$ 70 bilhões. Com as duas unidades, Marlim atingirá um novo pico de produção de 150 mil bpd e 2 milhões de m³/d de gás, marca a ser atingida entre 2025 e 2026.
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