Revista Brasil Energia | Rio Oil and Gas 2022

Modec: inteligência artificial para monitorar emissões

Estratégia integra uma das ações da spin-off Shape, formada em parceria com Mitsui e criada em 2020

Por Claudia Araujo Siqueira

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A Modec pretende começar a monitorar as emissões de CO₂ de seus FPSOs em tempo real. A iniciativa integra o próximo passo da estratégia traçada a partir da criação da spin-off de tecnologia Shape, voltada ao desenvolvimento de produtos digitais alavancando dados e inteligência artificial.

A Shape surgiu em 2020, em parceria com Mitsui. Com a meta do grupo japonês de otimizar suas operações e reduzir as emissões de suas atividades, a utilização de ferramentas tecnológicas é de extrema importância estratégica.

A iniciativa de monitorar as emissões de forma online e identificar oportunidades de redução e otimizações operacionais – num único software – é mais nova estratégia da companhia em direção ao net zero.

Frentes e histórico

A ferramenta integra uma das frentes do portfólio de produtos digitais da Shape. O projeto da Modec é utilizar as soluções digitais já desenvolvidas nos FPSOs no grupo, aproveitando a experiência da empresa em ativos industriais de alta complexidade para desenvolver produtos que são aplicáveis não apenas para a indústria offshore, mas também para outras plantas industriais como papel e celulose, mineração e energia. A Shape já está realizando projetos em duas dessas indústrias.

O diferencial da Shape, segundo Caio Sene, vice-presidente de Tecnologia, é que a empresa surgiu a partir de anos de experiência da Modec. “Nascemos da operação, nascemos da Modec, que é uma construtora e operadora de FPSOs. Além de tecnologia, temos essa veia de engenharia e operações muito presente no nosso dia a dia”, ressaltou Sene.

Uma das primeiras ações foi construir uma plataforma de dados, que concentra e contextualiza as informações, deixando prontas para serem usadas por aplicações de tecnologias. A premissa inicial foi voltada à parte de manutenção e confiabilidade.

Atualmente, a Shape tem um produto de manutenção, que envolve monitoramento de condição de equipamentos e manutenção preditivas com a utilização de inteligência artificial. Há também um software que monitora e gerencia as barreiras de segurança de FPSO.

O foco da Shape é endereçado a soluções digitais voltadas, sobretudo, à indústria de óleo & gás. Entre os principais pontos de atenção estão a redução de downtime, de custos operacionais e o aumento da segurança operacional, bem como a sustentabilidade.

Felipe Baldissera, vice-presidente de Energia da Shape e diretor comercial da Modec, e Caio Sene, vice-presidente de Tecnologia da Shape (Foto: Marcus Knoedt)

As primeiras investidas da Modec no segmento de Transformação Digital foram feitas entre 2017 e 2018, quando o Grupo optou pela estratégia de criação de um núcleo de digitalização, contratando cientistas de dados, designers e desenvolvedores para a criação de soluções específicas para a indústria de FPSOs, por não ter encontrado essas soluções no mercado de forma completa.

De acordo com Felipe Baldissera, vice-presidente de Energia da Shape e diretor comercial da Modec, a expectativa com a spin-off é muito boa e os resultados alcançados já são excepcionais. “Hoje, já reduzimos até 10% de downtime dos nossos FPSOs do Brasil com as ferramentas digitais, que seguem melhorando, se beneficiando da escala da frota com aplicação de aprendizado de máquina. O crescimento dos resultados é inerente”, afirmou Baldissera.

A Modec e a Shape marcaram presença na Rio Oil & Gas 2022.

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