Revista Brasil Energia | Rio Oil and Gas 2022
Preços do GNL mudaram as condições de mercado, diz VP da Excelerate
De acordo com Gabriela Aguilar, VP da Excelerate Energy na América do Sul, os preços atuais tornaram mais difícil a comercialização do produto com distribuidoras locais, clientes industriais e empresas de geração de energia
Com apenas nove meses de operação a frente do terminal de regaseificação da Bahia, arrendado junto à Petrobras, a Excelerate Energy viu as condições de mercado mudarem rapidamente. A empresa, que assumiu o TR-BA em dezembro, em meio à abertura do mercado brasileiro de gás natural, enfrenta as condições adversas de preço do GNL no mercado internacional, que dificultam a comercialização do produto.
Segundo Gabriela Aguilar, VP da Excelerate Energy na América do Sul, o cenário atual de preços adicionou complexidade à abertura do mercado de gás do país. Apesar disso, a executiva acredita que o GNL terá mercado no Brasil como garantia de segurança energética devido à flexibilidade que o produto oferece.
"Estou muito mais confiante em 2022. Não pelo preço, mas pelo pico do produto. Também estou otimista quanto ao melhor entendimento do país sobre o mercado de GNL", disse a VP da empresa.
Em sua avaliação, o GNL não pode competir com o gás onshore, mas pode complementar a sua oferta. Ela destaca a oscilação dos volumes fornecidos pela Bolívia. Nesse sentido, o GNL pode garantir volumes menores para atender picos de demanda, explicou a executiva.
Indagada sobre novos modelos de negócios a serem desenvolvidos, como o GNL de pequena escala, Gabriela acredita que há um grande potencial no país, mas o preço do produto é um obstáculo no momento. Ela destacou, ainda, que um modelo atrativo para o small scale é aquele que venha a integrar terminais, malha de transporte e demanda de mercado.
"Os preços de GNL são um grande obstáculo, mas também temos um grande oportunidade para o mercado", concluiu.
TR-BA
Autorizada pela ANP a importar até 30 milhões de m³/dia de GNL, a Excelerate iniciou sua operação no TR-BA vendendo uma média de 9 milhões de m³/d de gás para o mercado brasileiro.
O contrato de arrendamento com a Petrobras expira em 31 de dezembro de 2023.
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