
Investimentos em atividade sísmica são chave para evolução do onshore
Durante o Bahia Oil & Gas 2025, a coordenadora de geofísica da PetroReconcavo, Núbia Deiró, mostrou a importância de como a aplicação de recursos na atividade pode ser benéfico para produção onshore

Investir tempo, dinheiro e recursos na atividade sísmica poderá refletir no aumento de produção, além de evitar a perfuração de poços que seriam secos, afirmou a coordenadora de geofísica da PetroReconcavo, Núbia Deiró. A declaração da execuiva ocorreu no painel “Exploração onshore”, durante a Bahia Oil & Gas 2025.
Núbia Deiró destacou que uma barreira na exploração onshore é a qualidade dos dados disponíveis no Programa de Revitalização da Atividade de Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural em Áreas Terrestres (REATE).
Em sua visão, as empresas precisam investir em aquisição sísmica e em processamento sísmicos avançados, para não serem dependentes de uma única fonte, mesmo sabendo das limitações da área onshore.
“Quanto mais informações precisas, mais dados, a gente consegue reduzir o risco. E conseguimos fazer o melhor gerenciamento desse campo melhor”, explicou a coordenadora de geofísica.
O gerente do centro de geosoluções da SLB, Miguel Acosta Pérez, destacou a importância dos investimentos voltados à área onshore, além da relevância de poder utilizar as novas tecnologias no processamento de dados sísmicos em bacias terrestres. Pérez explica que, atualmente, a aquisição é mais rápida e todas as aplicações trabalham em conjunto e podem ser beneficiadas das medidas de informação.
“Para mim, isso pode elevar o processamento onshore ao nível do processamento offshore”, disse o gerente da SLB.
O diretor da Solução Energia, Anabal Santos, aponta que o Brasil perdeu uma grande oportunidade no onshore em 1974, com a descoberta da Bacia de Campos, indicando um direcionamento de recursos. Em defesa do Projeto de Lei nº 5.066/2020, o diretor entende que este projeto - que redistribui os recursos da Cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação(PD&I) - pode ser uma solução para o “dilema” da ANP.
Ele também lembra que o documento dispõe que pelo menos 5% dos recursos da cláusula da agência serão destinados à coleta de dados geológicos, geoquímicos e geofísicos em bacias onshore.
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