Revista Brasil Energia | ES Oil&Gas Energy 2024

PRIO estuda venda de gás natural para o mercado brasileiro

Impulsionada pela maior produção de gás associado do projeto de Wahoo, operadora independente cria comercializadora para atender a demanda de gás natural do país

Por Rosely Maximo

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Poços de Wahoo serão interligados ao FPSO Valente, do campo de Frade (Foto: PRIO)

Com o aumento da produção de gás natural a partir da entrada em operação do campo de Wahoo, na Bacia de Campos, a PRIO planeja vender o produto no mercado doméstico. Em entrevista à Brasil Energia, o Head de Trading e Shipping da operadora independente, Gustavo Hooper, detalhou o plano de venda, a ser executado pela comercializadora criada pela empresa.

O primeiro passo será acessar o Sistema Integrado de Escoamento (SIE) da Petrobras para levar o gás até Cabiúnas, onde o gás associado será processado na UPGN, também da Petrobras, para então poder acessar as malhas de transporte da TAG, para o Nordeste e da NTS, que se conecta em São Paulo com o gasoduto da TBG.

A PRIO já tem 400 mil m3/dia de gás produzidos nos campos que opera – Albacora Leste, Polvo, Tubarão Martelo e Frade -, mas o volume vai aumentar consideravelmente com a entrada em operação de Wahoo, campo do pré-sal que aguarda licença do Ibama para começar a operar.

“Existe uma oportunidade no mercado doméstico também para o petróleo, mas, com a produção aumentando, essa venda doméstica vai ser capitaneada pelo gás”, reforçou Hooper. Por ser gás associado, a empresa ainda está montando um portfólio de produtos, com contratos de gás firme e flexível, de forma a maximizar o valor do gás.

“O fato de termos criado a comercializadora vai permitir que a gente acesse livremente o transporte, que venda o gás na saída do processamento, e eventualmente até compre gás de outro produtor que tenha uma demanda na mesma infraestrutura que a gente acessar”, completou Hooper.

O executivo da PRIO participou de painel sobre a importância do gás natural no ES Oil & Gas Energy, realizado em Serra (ES) em agosto. Como o campo de Wahoo está situado no mar do Espírito Santo, a empresa participou do evento com estande e como patrocinadora, com o propósito de apresentar o projeto para a cadeia produtiva do estado.

“O gás vai ser escoado para o Rio de Janeiro, mas dali a gente consegue acessar a malha e certamente o Espírito Santo será um dos principais destinos, já que é um estado com uma maturidade grande no mercado de gás”, concluiu Hooper.

O projeto de Wahoo tem investimento previsto de RS$ 4,5 bilhões, e será produzido via tie-back (conexão submarina) de 35 km, interligada ao FPSO de Frade. O campo pode produzir até 40 mil barris/dia de óleo e gerar mais de R$ 3 bilhões em royalties para o Estado e a União.

Assista à entrevista complete de Gustavo Hooper à Brasil Energia

 

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