Potigás acelera expansão e mira chegar a oito municípios até 2027
Potigás acelera expansão e mira chegar a oito municípios até 2027
Presidente Marina Melo destaca interiorização, novas parcerias e avanço do Polo Gás Sal, já com 54% das obras concluídas
A Potigás planeja um novo ciclo de expansão em 2025, com a entrada em mais um município e o avanço de obras estratégicas para interiorizar o uso de gás natural no Rio Grande do Norte. Segundo a presidente da companhia, Marina Melo, a concessionária já atende seis municípios e está em processo de chegada a Areia Branca — com planos também para Grossos. “Temos investimentos ousados e nosso principal projeto é levar a rede a um sétimo município ainda neste ciclo”, afirma a executiva em entrevista à Brasil Energia.
Areia Branca deve receber a rede ainda em 2026, e Marina adianta que espera estreitar parcerias com a GNLink, que concluiu uma nova planta de liquefação no estado com a Petroreconcavo. “O GNL é uma grande oportunidade para ampliar o mercado e acelerar a interiorização. Parcerias com a GNLink podem abrir novos caminhos para atendermos mais municípios”, diz.
A expansão da malha inclui mais de R$ 34 milhões em investimentos previstos para 2025. A maior parte é destinada ao Polo Gás Sal, que já alcançou 54% de execução. O principal desafio, segundo Marina, foi superar interferências de dutos na região de Mossoró, etapa já concluída.
A obra segue dentro do cronograma, com o primeiro cliente sendo conectado já em dezembro, antes da entrega final prevista para meados de 2026. “O projeto não atende só os salineiros. A rota permitirá ligações residenciais, comerciais e de GNV ao longo do percurso”, explica.
A recepção dos municípios ao Polo tem sido “muito positiva”. Segundo Marina, o gás natural funciona como “um rio de oportunidades”: comércios, postos de combustíveis e indústrias da cadeia salineira têm buscado conexão assim que a rede passa diante de seus estabelecimentos. “A segurança e a estabilidade do fornecimento despertam interesse imediato”, afirma.
No suprimento, a Potigás mantém contratos com Petrobras, Petro Recôncavo e Brava, além de acordos spot. Apesar de não ter chamada pública aberta no momento, Marina diz que novas parcerias podem surgir conforme o aumento da demanda — especialmente diante da chegada do primeiro cliente livre do estado.
Hoje, a empresa distribui 250 mil m³/dia, mas a perspectiva é de expansão caso a termoelétrica Termoaçu, da Petrobras, seja retomada. A usina está inscrita no Leilão de Capacidade, e a Potigás aposta na contratação. “Ela é uma âncora para o desenvolvimento do mercado e para melhorar o preço do gás. É competitiva, mais limpa e pode impulsionar toda a cadeia”, defende.
Os desafios, afirma Marina, passam pela integração com outras fontes energéticas do estado — solar, eólica e petróleo — e pela necessidade de garantir segurança e competitividade ao setor industrial. “Acreditamos no papel do gás na transição e como energia firme para o crescimento econômico”, explica.
Para 2026, a Potigás mantém o ritmo acelerado. A empresa pretende concluir o Polo Gás Sal, avançar pela Costa Branca e consolidar a entrada em Grossos. A projeção é chegar a oito municípios em 2027. “Estamos aumentando nosso nível de investimento e ampliando a rede para acompanhar o potencial do gás natural no Rio Grande do Norte”, conclui.
Assista à entrevista na íntegra:
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