Revista Brasil Energia | ROG.e 2024

ES perto de alcançar 90% de adesão de indústrias no mercado livre de gás

Subsecretário de Estado de Desenvolvimento, Celso Guerra, considera avanço no estado como extraordinário

Por Esther Obriem

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Painel “Política pública para o gás natural no Brasil”, do segundo dia do ROG.e 2024. (Foto: Esther Obriem)

O Espírito Santo está perto de alcançar a marca de 90% de adesão de indústrias no mercado livre de gás natural, segundo o subsecretário de Estado de Desenvolvimento, Celso Guerra. “É um avanço extraordinário”, pontuou durante o painel “Política pública para o gás natural no Brasil”, realizado nesta terça-feira (24) na ROG.e 2024, no Rio de Janeiro (RJ). 

A Energisa detém o serviço de distribuição do estado desde março do ano passado, quando venceu o leilão de privatização da ES Gás. O estado receberá investimentos de R$ 100 milhões em 2024, valor 95% superior ao registrado no ano passado, para expansão do serviço de distribuição do energético. 

Guerra também destacou as iniciativas implementadas no estado, como o ES Mais+Gás. O programa, lançado em agosto deste ano, visa impulsionar o desenvolvimento do Espírito Santo a partir do gás natural e do biometano, em linha com a agenda de descarbonização da economia do estado. 

A ação conta com quatro macro objetivos: reduzir a emissão de gases de efeito estufa; estabelecer uma matriz energética robusta, eficaz e diversificada; impulsionar o desenvolvimento econômico sustentável do ES; e transformar o estado no principal hub integrado de gás de alta competitividade do país.

O ES Mais+Gás contempla 86 planos de ação que devem ser realizados pelas empresas e entidades participantes do grupo de trabalho ao longo dos próximos dez anos. “Está sendo composto um cronograma de implementação para entrarmos com uma agenda positiva de realização a partir de janeiro de 2025”, complementou Guerra.

Já a subsecretária de Energia e Mineração (Semil) de São Paulo, Marisa Barros, chamou atenção para o potencial do estado na produção do biometano. Ela mostrou que, em um cenário conservador, a região pode alcançar 6,5 milhões de Nm³/dia de gás renovável.

O volume representa cerca de metade do consumo de gás natural na região. Em maio, foi publicada a Resolução Conjunta Semil/SAA 001/2024, que institui um grupo de trabalho voltado para elaboração de normas de licenciamento ambiental de empreendimentos relativos ao biogás e ao biometano.

O uso do combustível renovável pode ajudar o estado a alcançar a meta de descarbonização, chegando em 2050 com uma redução de 24% frente a 2023. Segundo Marisa, a matriz elétrica de São Paulo tem potencial para fontes renováveis, como biomassa e solar. 

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