Revista Brasil Energia | ROG.e 2024

Operadores estão despreocupados com instalações em descomissionamento

Luiz Bispo, superintendente de Segurança Operacional da ANP, defende maior agilidade e compromisso dos operadores em relação às atividades de descomissionamento

Por Fernanda Legey

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Da esquerda para direita: Braulio Bastos (Trident Energy); Luiz Bispo (ANP); Kevin Kim (Shell); Vinicius Patel (Porto do Açu) (Foto: arquivo pessoal)

No geral, os operadores possuem uma despreocupação quanto à instalação que está em descomissionamento, afirmou o superintendente de Segurança Operacional da ANP, Luiz Bispo, no painel “Descomissionamento e abandono sustentável”, realizado nesta quinta-feira (26) durante a ROG.e 2024.

Bispo entende ser “uma aberração” a prática de demorar em abandonar poços e instalações de produção e exploração. Para ele, a principal ideia é, enquanto não for retirado e descomissionado, tudo em relação à segurança que era feito na operação deve ser mantido.

Outro ponto destacado pelo superintendente foi a necessidade de agir rápido quanto ao descomissionamento, no menor sinal de atenção, a fim de mitigar o risco da segurança. “O gasto vai ocorrer de um jeito ou de outro”, disse.

Por sua vez, o D&R Manager DW Brazil da Shell, Kevin Kim, destacou que, em águas profundas, uma vez que o poço foi abandonado, não há diferença em manter ou não as estruturas. No entanto, a diferença estaria em águas rasas, podendo causar problemas a outras atividades. Nesse sentido, o executivo pontuou que, às vezes, retirar as estruturas pode ser mais prejudicial ao meio ambiente do que deixá-las.  

Em contrapartida, Kim entende que o descomissionamento é parte essencial da vida útil dos ciclos tardios. Em sua visão, para aproveitar as sinergias, o descomissionamento precisa começar antes da produção acabar, tratando esses projetos como qualquer outro. 

No que se refere a oportunidades, para o diretor de Operações e Serviços da Porto do Açu, Vinicius Patel, é necessário “fortalecer o caminho das parcerias”, uma vez o processo do descomissionamento "não está sendo fácil". Por fim, Patel mostrou que não é preciso seguir o modelo europeu ou norte-americano para a atividade, uma vez que o Brasil possui “cabeças brilhantes” para pensar em outras alternativas.

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