Revista Brasil Energia | ROG.e 2024

Petrobras deve manter preços dos combustíveis, sinaliza diretor

Schlosser destacou a volatilidade dos preços, com redução da oferta de diesel russo e aumento da produção no Golfo

Por Sabrina Lorenzi

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Diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser (Foto: Armando Paiva / Agência Petrobras)

A Petrobras não deve alterar o preço dos combustíveis apesar da avaliação do mercado de que os valores estão defasados em relação às cotações internacionais.

O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Romeo Schlosser, destacou a volatilidade dos preços em uma sinalização de que não deve alterar os valores, ao menos por enquanto.

Segundo ele, a oferta de diesel russo, barato, deve recuar neste semestre. Já a oferta de combustível do Golfo deve aumentar, por outro lado.

“Estamos mais uma vez num período de volatilidade. Nossa estratégia comercial considera nossos ativos, nossa logística, e também levamos em consideração cotações internacionais”, disse o executivo, após painel na ROG.e 2024, que está sendo realizada no Rio de Janeiro (RJ).

Ele afirmou que a estratégia comercial tem como pilar fundamental conter volatilidade – e não transferi-la para a sociedade.

“Não antecipamos nenhum tipo de notícia. Avaliamos modelos tecnicamente. Se houver necessidade de reajustar será decisão técnica tomada pela companhia”, afirmou.

Segundo a Abicom, que representa os importadores de combustíveis, a Petrobras estava vendendo gasolina acima da média do mercado internacional entre meados de agosto e setembro.

O petróleo tipo Brent, referência internacional de preços negociada em Londres, despencou em setembro, chegando a fechar nos primeiros dias do mês a US$ 69,19 por barril. O WTI, negociado nos EUA, caiu 4,31%, para US$ 65,75 por barril no mesmo período, refletindo desconfiança sobre os rumos da economia chinesa e dados mais fracos sobre o desempenho econômico dos EUA.

A Opep decidiu, na primeira semana de setembro, manter cortes voluntários em sua produção até o fim do ano para tentar segurar os preços.

O movimento de queda nos preços, que se iniciou em maio, eliminou as defasagens dos preços dos combustíveis no Brasil. Nos primeiros meses do ano, o cenário era o oposto, com valores defasados em relação ao mercado.

A Petrobras, desde maio de 2023, adotou uma política de preços que não repassa preços internacionais para os valores de combustíveis no Brasil, considerando sua produção local, logística eficiente e outros parâmetros que a permitem manter a estabilidade de preços por algum período.

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