Vídeo: Gabriel Freire, da Azevedo & Travassos

Veja a vídeo-entrevista:

A Azevedo & Travassos Petróleo, que esse ano incorporou a Phoenix Petróleo e fechou parceria em campos da Petro Victory, será cindida do Grupo A&T e listada em bolsa separadamente. Este é o plano em andamento na empresa, como informou o presidente do Conselho de Administração do grupo, Gabriel Freire, em entrevista à Brasil Energia. A proposta será avaliada na próxima AGE, marcada para o dia 18 de outubro.

De acordo com Freire, o spin-off da empresa de petróleo é condição precedente para a incorporação ao grupo das empresas MKS Soluções Integradas e Congem Investimentos, conforme proposta feita em junho pelo fundo gestor Reag. O objetivo, segundo ele, é separar as operações e transformar em duas empresas listadas, uma focada exclusivamente em infraestrutura e engenharia e outra em exploração e produção de petróleo.

Listada há 40 anos na B3, a Azevedo & Travassos teve suas ações incorporadas, esse ano, ao índice Small Caps (SMLL), composto por empresas com grande potencial de crescimento. “Isso demonstra a confiança que os nossos acionistas têm nessa tese de retorno ao petróleo da Azevedo & Travassos”, disse Freire.

O presidente do CA acredita que a empresa possa alcançar produção de 3.000 barris/dia de petróleo, considerando os ativos em carteira e aqueles com opção de compra em parceria com a Petro Victory. “O tempo [para alcançar esse volume] eu não consigo precisar claramente, porque depende de outros fatores, mas o capex para isso nós já temos em casa e o nosso plano de desenvolvimento também já está muito bem desenhado. O que falta agora é implementá-lo a partir da retomada da produção dos campos da Phoenix e o início, provavelmente em dezembro, das novas perfurações dos campos da Petro Victory”, completou.

A perspectiva não inclui o crescimento, chamado por Freire de inorgânico, advindo de novos M&As em negociação pela empresa, ainda sob sigilo. A Azevedo & Travassos, com a experiência adquirida em fusões e aquisições, vem se tornando um agente consolidador de micro e pequenos produtores de petróleo, ajudando no acesso ao mercado de capitais. “O mercado onshore brasileiro traz muitas oportunidades de consolidação, seja pela aquisição de empresas, seja pela aquisição de ativos”, disse ele.

As oportunidades no descomissionamento também estão no radar e a meta é preparar a Heftos para atuar nesse mercado. Adquirida em 2021, a Heftos ficará no grupo de engenharia e infraestrutura a partir da cisão.