Revista Brasil Energia | ROG.e 2024

Vídeo: Raphael Moura, Tecnologia e Ambiente na ANP

Raphael Moura, superintendente de Tecnologia e Meio Ambiente da ANP, apresenta o NAVE, novo programa de inovação aberta da agência, e avalia os rumos da cláusula de PD&I

Por Rosely Maximo

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Veja a vídeo-entrevista:

Com investimentos em torno de R$ 4 bilhões ao ano a partir da cláusula de PD&I, a ANP está lançando e incorporando novos programas vinculados ao recurso, para fortalecer o ecossistema de inovação do país.

Durante a ROG.e foi lançado o NAVE, programa de inovação aberta voltado para startups, com participação de oito petrolíferas e tendo a Fundep como gestora. O edital tem 67 desafios ligados a cinco macrotemas, entre eles segurança operacional, proteção ambiental, aplicação de algoritmos de IA para solucionar problemas, além de novas energias e transição energética.

Já o PRH-ANP, que teve a sua segunda fase iniciada em 2019, agora com recursos da cláusula, tem sido modernizado e um novo edital será proposto, contendo mestrados e doutorados sanduíches.

“A ideia é que a gente possa conectar o programa de RH com a infraestrutura desenvolvida com o PD&I, e disponibilizar essa infraestrutura para as startups e para os desenvolvedores de tecnologias, alimentando o nosso sistema com pesquisa de ponta e retendo os nossos cérebros”, afirmou o superintendente de Tecnologia e Meio Ambiente da ANP, Raphael Moura, em entrevista à Brasil Energia.

Moura destacou a importância do que chama de “tripla hélice”, ambiente que reúne a indústria, a academia e o Estado, representado pela ANP, que opera como um orquestrador desse ecossistema.

Ele ressalta também a busca da agência por qualificar o investimento, considerando que atualmente o dinheiro da cláusula já representa 60% dos investimentos em pesquisa na área de energia no país. “É correto afirmar, hoje, que a indústria de petróleo e gás é uma grande financiadora do desenvolvimento tecnológico, inovação e da transição energética no país”.

Quanto à medição do impacto do programa, Moura informa que a ANP se prepara para verificar o quanto cada milhão de reais investidos em PD&I traz de retorno para a sociedade. “Há uma série de métricas e em seu relatório anual, a ANP apresentou os ODSs que têm sido endereçados pelo desenvolvimento tecnológico a partir do uso da cláusula”, disse ele.

Ao mesmo tempo que defende o fato de o recurso ser imune às condições financeiras do país, Moura alerta para o desafio de manter o investimento em pesquisa avançada caso não haja novas descobertas e a manutenção da curva de produção.

“Hoje o cenário é muito preocupante, porque não podemos abrir mão da produção de petróleo e de gás natural, então a gente espera que possa aproveitar ao máximo esses recursos para gerar retorno para a sociedade”, concluiu.

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