Opinião

Nova era na Gestão de Ativos para as elétricas

Setor elétrico avançou tanto em questões ambientais como em questões sistemáticas, mas ainda há um caminho a percorrer. Administrar cada vez mais dados considerando segurança, privacidade e velocidade para análises é fundamental

Por Marisa Zampolli

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A inovação da Gestão Ativos nas corporações é mais do que um direcionamento, é obrigação. A evolução das metodologias de gestão, incorporando novas soluções, torna-se fundamental para adaptar tendências à realidade, entender novos custos e cenários, mas, principalmente, gerar valor por meio do resultado eficiente e competitivo.

No setor elétrico levamos em consideração os ativos, os processos, as pessoas, o ambiente regulado e o contexto – seja ele econômico ou técnico; externo ou interno – pautado no ciclo de vida (especificações, aquisições, operações, orçamentos, custos operacionais e de manutenção, reforma e descartes) e em critérios que proporcionam a melhor decisão e geram resultados, avaliados por indicadores ainda mais precisos ano a ano, que conduzem a certificações carimbadas internacionalmente e reconhecimento, seja ele tangível ou não.

O setor elétrico avançou tanto em questões ambientais como a descarbonização, como em questões sistemáticas, no caso da digitalização, diversificação e integração de suas vertentes (geração eólica, elétrica, solar, etc.), mas ainda há um caminho a percorrer. A longo prazo, podemos citar o armazenamento de energia como a principal tendência (que já está presente de certa forma) na gestão de ativos, pensando no uso de baterias estacionárias com nanotecnologia embarcada, assim como blockchain e Internet das Coisas (IoT), que proporcionará maior flexibilidade ao consumidor que será capaz de comercializar sua própria energia.

Um levantamento da consultoria Mckinsey reportou que o impacto financeiro em IoT deverá ser entre 4 e 11 milhões de dólares até 2025, o que trará um conceito diferenciado sobre mobilidade, principalmente nos diferentes dispositivos móveis e armazenamento em nuvem, que agilizará processos. Inclusive, após a chegada do 5G, trabalhos com Inteligência Artificial (IA) e microrredes se potencializarão para formar soluções entre sistemas eólicos e solares e controle de cargas e armazenamentos.

Até 2025, a IA vai gerar USD 2 trilhões em novas oportunidades de geração de valor, melhorando o cloud computing, fornecendo serviços de computação (armazenamento, redes, softwares) entre outros. Se atualmente mais de 80% das companhias mundiais utilizam serviços na nuvem e operam com essas estratégias, imagine este número chegando a 100%.
Podemos incluir os principais aceleradores do século, derivados da indústria 4.0:

- Robôs autônomos
- Simulações e antecipações de cenários
- Realidade aumentada
- Integração de sistemas
- Impressão 3D/Manufatura Aditiva
- Computação em nuvem
- Cibersegurança
- Internet das coisas
- Digital Twin.

Este, principalmente, pois haverá mais agilidade na realização de tarefas que envolvam o controle de riscos.
Administrar cada vez mais dados considerando segurança, privacidade e velocidade para análises é fundamental, é o hoje. A tendência terá que partir das melhorias e não das criações, pois análises mais criteriosas permitirão tomar decisões por meio de metodologias ágeis para otimizar processos de planejamento da expansão e manutenção dessas companhias.

Predictive Analytics, Real-time Streaming Analytics, Entreprise Data Warehouse, Data Science e Insights serão termos que ainda rodarão pelo mundo. Se bem que você já ouviu falar de pelo menos algum deles, não é mesmo?
O desafio, hoje, é abranger a visão do negócio e segmentá-lo no mundo de dados. Informação é poder de decisão.

Marisa Zampolli é presidente da MM Soluções Integradas e engenheira elétrica

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