ANP espera ciclo promissor na oferta permanente

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ANP espera ciclo promissor na oferta permanente

Superintendente adjunta de Exploração, Heloise Costa, destaca interesse crescente por blocos onshore, retorno das áreas marginais e modernização regulatória para incorporar novas tecnologias

Por Rosely Maximo

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Manutenção de sonda terrestre: para ANP, retomada de áreas marginais e quantidade de blocos onshore devem atrair forte interesse no sexto ciclo da OPC (Foto: André Motta de Souza/Divulgação Petrobras)

A ANP espera um “ciclo bastante promissor” para a próxima etapa da Oferta Permanente, que inclui, entre as 451 áreas ofertadas, 174 blocos onshore e cinco áreas de acumulação marginal.

Em entrevista à Brasil Energia, a superintendente adjunta de Exploração da agência, Heloise Costa, afirmou que a retomada das áreas marginais após um período fora dos editais e a quantidade de ativos voltados ao onshore devem atrair forte interesse de empresas.

Ela ressalta que, mesmo com a dinâmica distinta da Oferta Permanente, em que as próprias empresas deflagram a abertura de um ciclo, a agência vem estimulando o processo com divulgação ativa e um seminário técnico marcado para 12 de dezembro. “São movimentos para que essa abertura seja feita o mais breve possível”, afirma.

Heloise também destaca que a OPC é central para ampliar a diversidade de agentes no setor. Desde a abertura do mercado, em 1998, esse é um objetivo estruturante da política regulatória. “Queremos mais agentes capacitados e com recursos para investir na exploração. A diversidade fortalece a indústria”, afirma.

A superintendente aponta ainda o papel crescente de tecnologias como inteligência artificial e sísmica avançada para elevar a eficiência exploratória. Segundo ela, o programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da ANP tem tido “culpa positiva” em incentivar o surgimento e aplicação dessas inovações. A agência trabalha agora na modernização do Programa Exploratório Mínimo, para que as unidades de trabalho passem a refletir de forma adequada o uso dessas soluções tecnológicas.

Para Heloise, o futuro da exploração no Brasil depende da cooperação contínua entre regulador e indústria. “A regulação não é feita só pelo regulador. Ela nasce da conversa entre governo, empresas e sociedade”, diz. Segundo ela, manter um canal aberto e permanente é essencial para que a ANP produza normas efetivas e o mercado tenha segurança para investir. “Só fortalecemos a indústria com diálogo — aberto e contínuo.”

Assista à entrevista na íntegra:

 

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