Opinião

Infraestrutura inteligente: sete aplicações que uma plataforma de medição avançada deve suportar

Artigo de CJ Boguszewski, chefe de plataformas AMI da Silver Spring Networks

Por Redação

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Uma infraestrutura de medição avançada (AMI) é a base para qualquer rede inteligente e representa um investimento fundamental para maximizar o seu valor. No entanto, para usufruí-la ao máximo, as distribuidoras precisam garantir que tenha a capacidade de rodar múltiplas aplicações de forma simultânea. Ao assegurar que a rede suporta as múltiplas aplicações atuais e futuras, as concessionárias podem fortalecer os serviços prestados, aprimorar sua eficiência e melhorar o atendimento aos consumidores. As sete aplicações a seguir são essenciais para ampliar os benefícios da implantação de rede inteligente. 

Medição de Gás: Geralmente, as concessionárias têm estruturas independentes para medição de eletricidade e de gás. Um sistema AMI deve incluir uma única rede, capaz de ler todos os tipos de medidores, juntamente com um sistema central, cujo software suporta várias aplicações de rede inteligente. Esta estrutura irá tanto resolver questões de sobrecarga operacional, como eliminar a duplicação de estrutura e os custos.  O sistema de medição deve detectar episódios de sobrecarga ou de risco de segurança, além de emitir alertas. 

Medição de água: A solução deve permitir a leitura remota automatizada, a partir de uma programação personalizada, para que a distribuidora modifique o seu ciclo de cobrança da forma mais conveniente, com coletas mais frequentes de informações sobre gastos.

Recuperação mais rápida: Uma solução AMI precisa notificar interrupções no serviço em tempo real (ou quase), antes de uma chamada do consumidor. Este processo começa com medidores inteligentes que enviam uma notificação quando perdem potência e transmitem mensagens de recuperação tão logo volte a energia. Deve suportar ainda comunicação bidirecional com dispositivos de automação de distribuição (AD), tais como religadores, interruptores de alimentação e controladores de banco de capacitores, permitindo que equipes de manutenção da distribuidora localizem pontos problemáticos na rede e redirecionem a energia.

Detecção de temperatura: Alguns medidores, produzidos com plástico em vez de metal, podem sofrer superaquecimento. Nesse caso, são necessários sensores que possam controlar e enviar um alerta quando a temperatura estiver fora dos limites. O uso dessas tecnologias maximiza a segurança do usuário.

Detecção de furto de eletricidade: O furto resulta em perda de receita e representa risco para quem manipula a linha de energia. Para combatê-lo, é necessária uma rede que utilize algoritmos de detecção para identificar picos de atividade incomum, bem como fornecer medidores que reportem diferentes dados, incluindo alertas de adulteração.

Monitoramento e controle de tensão: Episódios de baixa tensão podem ocorrer em qualquer ponto do circuito de distribuição, com alterações ao longo do dia, ou por alterações climáticas, ou por maior ou menor demanda de carga, ou mudanças físicas, como a alteração de um transformador. Por isso, a plataforma de AMI baseada na redução da tensão de conservação (CVR) e na solução de otimização de voltagem VAR (VVO) pode contribuir para que se economize energia e atenda os requerimentos necessários. Tal solução deve ser capaz de avaliar, monitorar e controlar os níveis de energia.

Serviço de pré-pagamento: Para que seja possível, é preciso conferir às distribuidoras a capacidade de conectar e desconectar medidores remotamente. Além disso, o software deve integrar-se com os circuitos da distribuidora, de sistemas de cobrança geral e de gestão de dados de medição.

A chave para o sucesso está na criação de uma infraestrutura aberta, baseada em protocolos abertos, que possa atender uma ampla gama de necessidades. Com as aplicações essenciais, as ferramentas descritas proporcionam uma base sólida para ampliar um programa de rede inteligente bem sucedido.

 

CJ Boguszewski é chefe de plataformas AMI da Silver Spring Networks

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