Henry Joseph Junior, diretor da associação, apresentou na Fenabio estudo sobre os caminhos para a descarbonização do setor de transporte no Brasil até 2040

Revista Brasil Energia | Fenabio 2025

Anfavea: 100% de etanol na frota flex lideraria descarbonização global

Henry Joseph Junior, diretor da associação, apresentou na Fenabio estudo sobre os caminhos para a descarbonização do setor de transporte no Brasil até 2040

Por Celso Chagas

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Painel “Bioenergias e o futuro da mobilidade sustentável” colocou a mobilidade de baixo carbono no centro das discussões durante a Fenabio (Foto: WTF Estúdio)

O futuro da mobilidade de baixo carbono esteve no centro das discussões do painel “Bioenergias e o futuro da mobilidade sustentável”, realizado na quarta-feira (13) na FenaBio, durante a 31ª edição da Fenasucro & Agrocana, em Sertãozinho (SP).

Na ocasião, Henry Joseph Junior, diretor técnico da Anfavea, apresentou um estudo sobre os caminhos para a descarbonização do setor de transporte no Brasil até 2040.

De acordo com Henry, o desafio é grande. Mesmo com eletrificação gradual e aumento no uso de biodiesel e etanol, o cenário de transição mais provável ainda projeta crescimento de cerca de 6% nas emissões de CO2, impulsionado pelo salto da frota de 45 para 71 milhões de veículos. “O trabalho mostra claramente que não é só com tecnologia veicular que se consegue reduzir as emissões. Nós precisamos do uso do biocombustível e é com ele que conseguimos os resultados mais expressivos”, destacou.

O executivo lembrou que 85% da frota brasileira já é flex, o que representa uma oportunidade imediata. “Se aumentar o uso de etanol nessa frota, não precisamos nem colocar um carro elétrico a mais nas ruas. Se ela passasse a usar 100% de etanol a partir de agora, provavelmente teríamos a maior descarbonização do setor de transporte do mundo”, afirmou.

Henry também alertou para os limites de uma eletrificação baseada apenas em baterias, citando impactos ambientais e de infraestrutura. Ele defendeu que a indústria e a cadeia de biocombustíveis trabalhem juntas. “O aumento da participação de biocombustíveis na matriz energética brasileira será necessário e muito bem-vindo”, concluiu o executivo.

A Fenasucro & Agrocana/Fenabio segue até sexta-feira, dia 15, com mais de 100 horas de conteúdo e debates sobre transição energética, mobilidade de baixo carbono e energias renováveis.

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