Mandacaru dobra produção na Bacia Potiguar e busca novos mercados

Revista Brasil Energia | Mossoró Oil & Gas Energy

Mandacaru dobra produção na Bacia Potiguar e busca novos mercados

Após assumir sete concessões, empresa amplia equipe, supera desafios técnicos e prepara avanço no gás em Sergipe e em novas oportunidades no Espírito Santo.

Por Rosely Maximo

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Campo de Rio Mariricu, da Mandacaru Energia no Espírito Santo (Foto: Divulgação/Mandacaru Energia)

A Mandacaru Energia vive uma fase de crescimento após assumir sete novas concessões na Bacia Potiguar. A incorporação dos ativos elevou significativamente a complexidade operacional — e quase dobrou a produção da empresa em poucos meses, segundo o diretor de operações, Alexandre Gonçalves. O avanço exigiu reforço estrutural, tecnológico e humano: “Nós dobramos o número de pessoas em dois meses”, destaca.

Os novos campos apresentam características distintas da operação histórica da companhia, como poços mais profundos, métodos de elevação diferentes, estações coletoras maiores e perfis variados de produção e de água. “Cardeal, que operamos há muito tempo, nós conhecemos muito bem. Já os novos campos trazem desafios até adequarmos toda a produção”, afirma Gonçalves em entrevista à Brasil Energia.

A estratégia para superar essa transição inclui intensificação do treinamento, contratação de especialistas e disseminação de conhecimento dentro das equipes.

Com a expansão, a demanda por fornecedores também cresceu. Embora parte da cadeia instalada continue atendendo a empresa, o volume maior levou a Mandacaru a buscar novos parceiros, especialmente para complementar serviços antes supridos por fornecedores menores. “Eu não caso com fornecedores. A gente quer ouvir propostas e sugestões. Pequenas mudanças podem impactar muito os nossos processos”, explica.

Durante a Mossoró Oil & Gas Energy, o diretor relatou ter mantido contato com fornecedores atuais, futuros parceiros e empresas com potencial para atender desde demandas imediatas até a campanha de perfuração prevista para daqui a dois ou três anos.

Fora do Rio Grande do Norte, a Mandacaru também avança em outras frentes. No Espírito Santo, a operação envolve poços mais profundos que exigem adaptação ao know-how da empresa, tradicionalmente focado em poços rasos. Apesar dos desafios, Gonçalves avalia como “muito possível” a realização de operações de M&A no estado.

Em Sergipe, a companhia está prestes a iniciar seu primeiro projeto de gás, com uma estação pronta e pendências finais de documentação. A expectativa é iniciar a operação no primeiro trimestre de 2026, com potencial entre 9 mil e 12 mil m³/dia de produção.

A empresa analisa alternativas de monetização — como compressão e venda ou gas-to-wire — e já recebeu propostas diversas, incluindo geração local para mineração de Bitcoin. Ainda assim, a opção mais próxima hoje é a compressão e comercialização direta.

Olhando adiante, Gonçalves afirma que a Mandacaru continuará atenta a ativos subutilizados ou de baixa prioridade para grandes operadores. “Nossa intenção não é focar em óleo ou gás, mas nas oportunidades. Se tiver chance, vamos fazer o possível para conseguir”, conclui.

Assista à entrevista na íntegra:

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