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Revista Brasil Energia | OTC 2025

Estaleiros chineses se interessam por parceria com Brasil

Gerentes dos estaleiros CIMC Raffles e CSSC/SWS, que já constroem casco de grandes FPSOs para Petrobras, comentaram o assunto nos estandes de suas empresas, onde participam como expositores na conferência em Houston

Por Walter Colton

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Demonstração de FPSO em estande do estaleiro chinês CIMC Raffles (Foto: Walter Colton)

Executivos dos estaleiros chineses CIMC Raffles e CSSC/SWS, que participam como expositores na OTC 2025, em Houston, disseram nesta quarta-feira (7) que suas empresas estão interessadas em aprofundar suas relações com o Brasil e, potencialmente, investir em parceria com estaleiros brasileiros.

A proposta de parceria foi feita em viagem recente à China da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, que na terça-feira (6) disse em entrevista à imprensa acreditar que o grande número de embarcações que a Petrobras e a Transpetro pretendem adquirir estimulará a China e outros países estrangeiros a considerarem investimentos em estaleiros no Brasil.

Tanto o CIMC Raffles como o CSSC/SWS são grandes construtores navais da China e já construíram vários cascos de FPSOs para a Petrobras.

O gerente sênior de marketing Wang Xingye, do CIMC Raffles Ocean Technology Group, sediado na cidade de Yantai, Província de Shandong, afirmou que sua empresa tem interesse em expandir os laços com a Petrobras e com o Brasil. O estaleiro construiu o casco do FPSO Marechal Duque de Caxias para a companhia malaia MISC, que opera a embarcação para a Petrobras.

Wang Xinge disse que, atualmente, sua empresa não possui uma subsidiária no Brasil, mas está interessada em analisar formas de parceria com estaleiros brasileiros e em consolidar seu relacionamento com a Petrobras e o país.

Outro estaleiro, o CSSC/SWS (Shanghai Waigaoqiao Shipbuilding Co., Ltd.), sediado na cidade de Shangai, também demonstrou interesse em possíveis parcerias com o Brasil, segundo executivos que participam da OTC 2025. A empresa também trabalhou na construção de FPSOs para a Petrobras em parceria com o estaleiro chinês Cosco.

Na feira em Houston, a gerente comercial de design da CSSC/SWS, Jenny Tang, disse que o outro executivo, Hu Jaijun, sediado na matriz em Shangai, estará envolvido nas discussões estratégicas sobre a possível ampliação das relações com o Brasil.

Em relação a outra conexão asiática com a Petrobras, a empresa indiana Shapoorji Pallonji Energy recentemente não conseguiu chegar a um acordo com a Petrobras em um projeto do FPSO P-86. O gerente geral Comercial e de Desenvolvimento de Negócios, Hemant Bedi, afirmou que sua empresa ficou desapontada por não conseguir fechar o acordo, mas espera continuar trabalhando com a Petrobras em outros projetos no futuro.

A Petrobras explicou que o cancelamento da licitação aconteceu, uma vez que os custos da única proposta válida ultrapassaram o valor estimado. A Petrobras tem considerado a possibilidade de participar de licitações para projetos em águas profundas na Índia.

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