Opinião

O diferencial competitivo do conhecimento e capacitação

A qualidade e a capacitação dos recursos humanos têm sido decisivas para que o setor de energia solar térmica atenda à demanda do mercado

Por Luiz Antônio dos Santos Pinto

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No contexto das rápidas mudanças dos sistemas produtivos e da tecnologia, um dos principais compromissos das empresas, de todos os setores, é contribuir para a capacitação de seus colaboradores, incluindo os executivos e os próprios sócios e diretores. O capital humano, principal fator para o sucesso das organizações, que são feitas à imagem e semelhança das pessoas, precisa estar cada vez mais preparado para as transformações da estrutura laboral e o advento da Quarta Revolução Industrial, digitalização da economia e o boom tecnológico. Cabe considerar que todos esses fatores foram acelerados pela pandemia da Covid-19.

A qualidade e a capacitação dos recursos humanos têm sido decisivas para que o setor de energia solar térmica atenda à demanda do mercado, que vem crescendo no Brasil, embora tenha ainda expressivo potencial de expansão. Além do aporte tecnológico dos equipamentos e da qualidade dos materiais e processos utilizados em sua produção, desenvolvidos ao longo dos anos em nosso país, é fundamental a excelência profissional. Desde o atendimento inicial ao cliente e diagnóstico de suas necessidades quanto ao aquecimento, até a instalação do sistema, o conhecimento de todos os envolvidos é essencial para que os resultados sejam sempre satisfatórios.

O volume de produção de coletores solares térmicos somou 1,81 milhão de metros quadrados em 2021, representando aumento de 28% em relação a 2020. No acumulado dos últimos 25 anos, chegamos à marca de 21 milhões de metros quadrados instalados.

Em 2022, estima-se incremento de 30%, abrindo espaço para mais profissionais no mercado. Assim, a capacitação profissional é um fator importante para dar sustentação às demandas do Brasil. Nossa expectativa é de que a produção continue crescendo, à medida que mais pessoas, famílias, empresas e autoridades responsáveis pelos programas de habitação conheçam melhor as vantagens econômicas e ambientais do aquecimento solar, que possibilita muita economia nas contas de luz e agrega uma fonte absolutamente limpa, gratuita e inesgotável à matriz energética nacional.

Para viabilizar todos esses avanços esperados pela cadeia produtiva do aquecimento solar, são determinantes o conhecimento e a capacitação de todos os profissionais e executivos que atuam no setor. Do mesmo modo, num olhar mais amplo, entendemos que a melhoria da competitividade dos distintos segmentos industriais e da economia brasileira como um todo exige recursos humanos cada vez mais qualificados. Formação técnica e educação continuada são decisivas para que o nosso país alcance um patamar mais elevado de desenvolvimento.

Luiz Antonio dos Santos Pinto, engenheiro, é presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Térmica (Abrasol)

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