
Petrobras e Vibra miram ferrovias para driblar gargalo no Centro-Oeste
Petrobras e Vibra miram ferrovias para driblar gargalo no Centro-Oeste
Petrolífera tem aumentado modal nas operações e distribuidora cita projeto da Rumo Norte

Em meio ao gargalo logístico que pressiona principalmente o abastecimento de combustíveis no Centro-Oeste, Petrobras e Vibra defendem a expansão ferroviária como alternativa para atender à demanda.
A Petrobras tem aumentado o uso deste modal, afirmou nesta quarta-feira (10) o gerente de Planejamento Logístico da Petrobras, Eric Marcos Futino, durante palestra na Rio Pipeline & Logistics 2025. A petrolífera atualmente utiliza 500 vagões em rotas, de Betim a Tubarão e de Paulínia a Rondonópolis.
“Ferrovias sempre tivemos e agora aumentando um pouco mais”, afirmou, durante o painel “Conectando Atores da Cadeia Logística de Combustíveis: Desafios Atuais e Caminhos para a Eficiência”, que ocorreu no segundo dia do evento no Rio.
Adotar mais o modal ferroviário pode ser um apoio da Petrobras para aumentar suas operações no Centro-Oeste. O executivo pondera que avançar mais em ferrovias ainda está no plano das ideias e ainda não chega a ser um projeto.
“Volume é pequeno para o que temos, falta muito pelo sentido que a Petrobras precisa utilizar; acho que falta muito, precisamos olhar para isso com mais carinho”, disse para a plateia presente ao evento. Para Futino, falta muita infraestrutura nas pontas; material rodante hoje em dia não falta.
Vibra cita exemplo da Rumo
A diretora de logística da Vibra, Erica Caputo, na mesma palestra, também defendeu o uso de ferrovias como maneira de atender a demanda crescente do Centro-Oeste por combustíveis.
Segundo ela, uma vez que que a Rumo Norte chega em Rondonópolis, “esticando ali um pouco para Rioverde, a gente consegue grande benefício de escoamento da produção tanto de produtores de grãos quanto para combustíveis”.
A ferrovia da Rumo no Mato Grosso será uma extensão da operação da Rumo, que transporta boa parte dos grãos do Mato Grosso até Santos. As obras tiveram início em 2022. Com o prolongamento da via e a instalação de novos terminais, até o norte do Estado, a ideia é que a carga chegue antes à ferrovia, reduzindo os trajetos feitos por caminhão, despressurizando o terminal de Rondonópolis.
E de lá, uma vez que “já estamos ali, a gente também consegue olhar para Sinop e Miritituba e com isso temos o potencial de ter uma logística mais fluida, de larga escala que traz ganho para sociedade com menos caminhões, menos emissões de carbono, olhando também para aumento de competitividade”.
A executiva citou que há grandes projetos na mesa, em análise, por exemplo, a integração da Rumo Norte no Porto de Santos para combustível, “uma forma de integrar dois modais – o marítimo com o ferroviário para potencializar para combustíveis”.
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