Rnest e Boaventura podem preencher mercados da Replan 

Revista Brasil Energia | Rio Pipeline 2025

Rnest e Boaventura podem preencher mercados da Replan 

Com duto gigante até o Centro-Oeste planejado pela Petrobras, Refinaria de Paulínia deve concentrar abastecimento na região

Por Sabrina Lorenzi

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Refinaria de Paulínea (Foto: Divulgação Petrobras)

O oleoduto gigante que a Petrobras planeja construir para levar combustíveis para o Centro-Oeste deve provocar uma rearrumação no abastecimento de refinarias da companhia. A Refinaria de Paulínia (Replan) será o ponto de partida do duto, que ainda não tem rota definida. 

A produção da maior refinaria da Petrobras, que hoje atende a diversos mercados, deve se concentrar na região que cresce no ritmo do agronegócio. Com capacidade instalada para processar 434 mil barris por dia, a refinaria atualmente atende, além dos estados do Centro-Oeste, o interior de São Paulo, sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro, Rondônia, Acre, Goiás e Tocantins.

O gerente de Planejamento Logístico da Petrobras, Eric Marcos Futino afirmou durante palestra no segundo dia (10/9) do Rio Pipeline & Logistics 2025, que a produção das refinarias Rnest, antes batizada de Abreu e Lima, e o Complexo Boaventura, antigo Comperj, poderá compensar o fornecimento da Replan nos mercados fora do Centro-Oeste.

A Rnest, em Pernambuco, foi inaugurada em 2014 e está em plena expansão. A refinaria tem como objetivo principal produzir óleo diesel e viabilizar o atendimento da demanda de derivados da região Norte e Nordeste, com redução das importações.

Localizado no Rio de Janeiro, no município de Itaboraí, o Complexo Boaventura está em fase de construção e contará com unidades para produção de derivados com baixo teor de enxofre, combustíveis renováveis, lubrificantes, além de gás natural. 

O novo duto de líquidos, que ligará São Paulo ao Mato Grosso, terá uma extensão de 2.030 km. A Petrobras estima investir, no duto, cerca de R$ 2 bilhões. O mercado destino dependerá menos de importadores. 

No painel “Conectando Atores da Cadeia Logística de Combustíveis: Desafios Atuais e Caminhos para a Eficiência”, debatedores expuseram preocupações com os gargalos logísticos principalmente do centro do agronegócio. O Gerente Geral de Logística e Operação Integrada Transpetro, Tulio Campos, sugere que além do duto, haja também uma solução mais rápida como uma ferrovia, opção também debatida no painel da Rio Pipeline & Logistics 2025.

A Petrobras está avaliando três rotas para o duto do Centro-Oeste, mas nenhuma ainda foi definida, disse em painel anterior o gerente executivo de Comercialização no Mercado Interno da estatal, Daniel Sales Correa, também no segundo dia do evento, no Rio.

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