TBG estima implantar dois a três hubs de biometano no curto prazo

Revista Brasil Energia | Rio Pipeline 2025

TBG estima implantar dois a três hubs de biometano no curto prazo

O desenho inicial da companhia contempla 200 mil m³ de capacidade em cada hub de biometano, informou o diretor-presidente da transportadora, Jorge Hijjar

Por Ana Luisa Egues

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"CEO Talks TBG", realizado no Rio Pipeline & Logistics 2025 (Foto: Acervo pessoal)

A TBG visualiza a implantação de dois a três hubs de biometano no curto prazo, informou o diretor-presidente da transportadora, Jorge Hijjar, durante o "CEO Talks TBG", realizado nesta quarta-feira (10) no Rio Pipeline & Logistics 2025, no Rio de Janeiro (RJ). 

"Cada hub de biometano, de acordo com o nosso projeto inicial, teria 200 mil m³ de capacidade. Ou seja, se fizermos três, teríamos cerca de 600 mil m³ de capacidade", disse Hijjar. 

O projeto dos hubs de biometano foi anunciado ao mercado em abril deste ano. O projeto prevê a possibilidade de construção da instalação com capacidade faseada, seja por recebimento de biometano através de duto dedicado ou por modal rodoviário (caminhões de GNC e GNL). O tamanho do projeto irá depender da demanda de mercado, de análises internas da TBG e da interlocução com o órgão regulador.

"A gente nunca quis que houvesse uma regulação que obrigasse que o biometano entrasse no transporte. Obrigar inibe o mercado e reduz as oportunidades. A gente quer oferecer opções de negócio para o mercado, para que seja escolhida a melhor opção para cada caso", explicou o diretor-presidente. 

No entanto, continuou o executivo, existe um problema: o custo da interconexão é uma barreira de entrada para o produtor de biometano. "Desta forma, a nossa proposta é que esse custo seja diluído para o mercado. Para cada hub de biometano que a gente construir, estimamos um aumento da tarifa média do nosso sistema em 0,25%. Considerando que a tarifa de transporte contribui para o preço do gás com 10%, e fazendo uma conta rápida, estamos falando de aumentar o preço do gás em 0,03%. A gente acha que é justo, é razoável, e viabilizaria a injeção no nosso duto e a utilização", afirmou Hijjar.

Ainda de acordo com o executivo, em algumas regiões do país, a produção prevista de biometano é maior que o consumo. Com isso, seria preciso exportar o gás. "Poderíamos, por exemplo, pegar esse biometano excedente e contribuir para o Corredor Azul, em uma rota do oeste até o Porto de Santos (SP), para escoamento da produção de grãos a partir de caminhões movidos a gás e a biometano", sugeriu o diretor-presidente da TBG. 

O "CEO Talks TBG" foi moderado pela diretora executiva de Gás Natural do IBP, Sylvie D'Apote. 

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