O Brasil poderá atingir um pico de exportações de petróleo em 2030, com um volume de 3,2 milhões de barris, estimou o CEO da Vast, Victor Bomfim, durante painel no Rio Pipeline & Logistics 2025, no Rio de Janeiro (RJ), no final de terça-feira (9). 

"A exportação brasileira tem crescido num ritmo muito vigoroso nos últimos anos. O pico de produção estimado hoje, e isso sem considerar a produção das bacias de Pelotas e Foz do Amazonas, é de 3,2 milhões de barris em 2030. No primeiro semestre deste ano, exportamos cerca de 1,8 milhão de barris. Se hoje já temos desafios enormes para manusear essa exportação, teremos desafios ainda maiores daqui a cinco anos", afirmou Bomfim. 

De acordo com o CEO da Vast, a infraestrutura brasileira está cada vez mais estressada, de modo que os investimentos são essenciais. "O que estamos falando é de tornar o óleo competitivo em termos de custo e de logística no exterior, até porque já temos um óleo competitivo em termos de emissão por barril. O nosso foco é aumentar a capacidade de manuseio e a eficiência de operações, com o objetivo de manusear essa quantidade enorme que o Brasil está exportando", explicou Bomfim. 

O painel "Desafios para Infraestrutura Portuária Brasileira: Expansão e Modernização para Movimentação de Petróleo, Derivados e Novos Combustíveis" também contou com a participação de Flávia Takafashi, diretora da Antaq, Fernando Chamma Dihel, diretor executivo de Desenvolvimento de Negócios da Ultracargo, Carlos Kopittke, presidente da Associação Brasileira de Terminais de Líquidos (ABTL), e de Luiz Felipe Santana, consultor técnico da Transpetro, como moderador.